ARS INTEGRATA é um projecto aberto assente na criação e fruição artística multidisciplinar, aberto a criadores, investigadores e ao público em geral interessado nas suas diversas áreas, livre de preconceitos de género ou estilísticos. Contamos com a vossa colaboração neste forum. -Para mais informação ver abaixo ou escreva-nos para E-mail: arsintegrata@gmail.com

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David Zink - Fictitious Sports (c. 2004)

Sunday, February 21, 2010

ARS PICTORICA (8): Simply the best! Bartolomeu Cid dos Santos at the CAMB

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Bartolomeu's visions in Persona (2010) / (re)designed by David Zink

No próximo dia 18 de Abril de 2010, pelas 15h, Ars Pictorica promove uma "visita-tertúlia" à Exposição da obra de Bartolomeu Cid dos Santos (1931-2008), que se encontra patente no CAM - Centro de Arte Manuel de Brito (sediado no Palácio Anjos, em Algés, muito próximo da estação de comboios, frente ao jardim).

Esta iniciativa, que tinha sido prevista para o dia 21 de Março, foi adiada por nesta data se celebrar o Dia Mundial da Poesia, ficando assim por justa causa marcada para meados do mês de Abril.

Trata-se de uma exposição a não perder, daquele que é talvez um dos melhores gravadores que o século XX viu surgir e, sem dúvida um dos mais significativos artistas portugueses de renome mundial.


A visita será "pivoteada" pela Mestre em Teorias da Arte, Elisa Soares, mas à semelhança das propostas anteriores outros contributos multidisciplinares são esperados e, sobretudo, conta-se que a expressão de pontos de vista diferentes seja estimulada.


Mais informações em ARS PICTORICA: http://arspictorica.blogspot.com/


A não perder!

Tuesday, February 16, 2010

ARS POETICA (46): 50 Noites - 125 horas com poemas

Cento e vinte e cinco horas em que nos encontrámos na fruição de um poema - nada mais a dizer para justificar uma sessão especial ou especialmente destacada.

Por razões, se quiserem, sentimentais, esta realizar-se-á no espaço Memória dos Exílios, no Estoril (antiga estação dos Correios, junto à estação de comboios), excepcionalmente. No próximo dia 18 de Fevereiro, pelas 21h30.

Nela podereis assistir:

1. Ao lançamento do primeiro livro de poemas de David José Silva, A Terra Fria (edição da Apenas Livros). A ponte que se estabelece com o futuro...

2. Ao som da gaita de foles de Miguel Galante;

3. Pelo meio e à nossa volta, aos poemas e ao canto de Francisco José Lampreia, Estefânia Estevens, João Baptista Coelho, David José Silva, Maria Francília Pinheiro, Mário Piçarra, Carlos Peres Feio, David Zink, Edite Gil e Francisco Félix Machado (os Jograis do Atlântico), eu próprio...

4. E a todos vós, todos quantos tornam possível e justificam o sonho e alicerçam a determinação, pelos quais e para os quais nos faz sentido perseverar. Nem sei se preciso dizer que conto convosco... Os lugares já estão marcados com o vosso nome. Mas há sempre um lugar mais para um amigo, como para um poema.

Localização do espaço Memória dos Exílios:

Saturday, February 13, 2010

ARS MEDITATIO (4): Saint Valentine's Day, or The Power of Love


The Labyrinth of L... (2010) / David Zink


O PODER DO AMOR


Querido Metro,

então tem algum jeito o Dia dos Namorados calhar a um domingo? Claro que isso tinha de se reflectir na economia. Mas nada de desânimos. O amor é a coisa mais linda que há no mundo. Eis dez razões para acreditarmos no poder do amor:


1. O amor é um sentimento positivo que promove a paz no cosmos, ao contrário do futebol, que só causa stress.

2. As canções de amor, mesmo quando esganiçadas nos Ídolos, são geralmente melhores que as de ódio. E que as de apatia.

3. É certo que todas as cartas de amor são ridículas. Mas ainda mais ridículo é não as escrever. O amor vence sempre.

4. Fazer amor emagrece. É como ir a um ginásio, com a vantagem de não ser preciso apanhar pé de atleta ou um “personal trainer”. O amor vence sempre.

5. É verdade que os desgostos de amor engordam, eu sou a triste prova disso. Por outro lado, não há melhor desculpa para nos empanturrarmos de chocolates. Ou, melhor ainda, afogar em álcool.

6. Ninguém dá por nada se plagiarmos um aforismo de amor, como fiz no ponto 3, desde que citemos autores conhecidos só de nome, tipo Fernando Pessoa. O amor vence sempre.

7. O amor cega. Temporariamente, é um facto, mas enquanto a outra pessoa não nos descobre os defeitos, lá vamos cantando e rindo. O amor é o maior.

8. Quando correspondido, o amor é a coisa mais linda do mundo. Quando não é correspondido também está bem, é de maneira que não temos de mentir em casa.

9. O amor quebra barreiras. Estudos científicos provam que um assaltante enamorado é 3,6% mais eficaz no exercício da sua profissão que um colega armado apenas de uma caneta de administrador.

10. E mesmo que a nossa cara-metade nos engane ou peça o divórcio, cadê o problema? Você perde mas o amor continua, só que agora já não é por si. Amor um, você zero. O amor vence sempre.

Rui Zink
in: Metro (2010.02.08)



Nota da Redacção:
Dia dos Namorados? Um só dia? "Parca Ração!", diria Natália Correia! Então e os outros 364/5 dias do ano?

Recordamos a este propósito:

Em 3 de Abril de 1982, no âmbito da discussão sobre a questão do aborto, a poetisa (e na altura, também deputada) Natália Correia, escreveu e distribuiu no hemiciclo da Assembleia da República o poema que abaixo se transcreve, em resposta ao deputado João Morgado, o qual afirmara enquanto parlamentar do CDS, que o acto sexual só é justificável tendo por objectivo a procriação.


Já que o coito – diz Morgado
tem como fim cristalino
preciso e imaculado
fazer menina ou menino,
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova que houve truca-truca.

Sendo pai de um só rebento
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou – parca ração!
uma vez. E se a função
faz o órgão – diz o ditado
consumada essa operação
ficou capado o Morgado.


Natália Correia

publicado no Diário de Lisboa, de 5 de Abril de 1982




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Sunday, February 7, 2010

ARS MEDITATIO (3): Haiti, ai-de-ti, ai-de-mim, ai-de-nós, ai-de-vós, ai-deles, AI DO HAITI!


Ha-I-ti, to-day (2010) /David Zink



A cadeia humana


Querido Metro, agora é o Haiti. Recebi via Timor um convite para me associar a um grupo de solidariedade – via Timor! Lembrei-me logo daqueles dias no final dos anos 90 em que Portugal inteiro parecia tomado por um êxtase colectivo. Que depois amainou, e até resultou em algum desânimo ao ver que Timor não se tornou logo o país fantástico, próspero e feliz com que toda a gente sonhava.

Não acho que agora o Haiti seja o fim do mundo. Para começar porque já era: aquele país de ex-escravos e pária na comunidade internacional nunca teve nenhuma hipótese. E depois, todos os dias são o fim do mundo – para alguém. Por sorte, todos os dias são, também para alguém, “o dia mais feliz da minha vida”. As televisões habituaram-nos a conciliar o horror das imagens com o sabor do bacalhau com natas. E isso pode promover indiferença. Mas nem sempre. Porque a alternativa, essa sim, seria insuportável: de cada vez que houvesse uma tragédia no mundo desatarmos a choramingar de comoção. Isso dava-nos cabo da saúde e não ajudaria ninguém. O mundo tornar-se-ia um lugar insuportável, pois a cada momento há desastres, crimes, etc.

Ná, eu prefiro as águas bem separadas. Quero países prósperos a ajudar (ou a não fazerem nada, que também é um direito, mas depois não se queixem quando chegar a vez deles). E pessoas capazes de compaixão mas que, se a vida lhes corre bem, não se sintam culpadas por isso. É que não é só “tristezas não pagam dívidas”, as malandras das tristezas também não prestam bom auxílio. Se vamos por provérbios, prefiro aquele que diz que “não há mal que não venha por bem”. Para muitos haitianos o mal veio, e não foi por bem, como diariamente acontece a muita gente pelo mundo fora, Portugal inclusive. Mas para outros haitianos, os que sobreviveram, talvez agora haja aquilo que não tinham antes do terramoto: alguma esperança.

Rui Zink
in Metro, n.º 1137 (2010.Jan.20)

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Acerca da essencial e discreta diferença / Júlia Lello (poema) & David Zink (música)

Da Ciência e da Arte / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

David Zink - Dolphin Dance

Falas de amor / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

LALO (1823-1892) - Sinfonia Española (1º and.) / Miguel Zink

Lalo - Symphonie Espagnole - 4th mov. / Miguel Zink (violin) & Karina Axenova (piano)

J.S. Bach - Violin Sonata, BWV 1001, I&IV / Miguel Zink, 15y.

David Zink - Jupiter (1st approach, abridged)

Canção de embalar / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Sphera Mundi / David Zink

Miguel Zink, 15 anos, 1.º Prémio do Concurso A. Capela, no Concerto dos Laureados, 2010.05.30

Mendelssohn's Violin concerto, op. 64, 1st. mov. / by Miguel Zink

This video posted by Ars Integrata was available here during circa one year, but has been removed by the original publisher (C.A.) in December 2012