Sessão com Carlos Peres Feio, com o seu livro recém-editado, e João Baptista Coelho, porventura um dos poetas portugueses mais premiado, subordinada ao tema Auto-Retrato do Poeta.
Dois percursos, duas abordagens, duas histórias de vida contadas. Para estímulo, para memória, para aprendizagem. A vida não tem hora para manifestar as suas vontades. Eles ambos nos dirão algo sobre isso. E, enfim, procurando pistas:
em mim só vejo caminhos
bosques densos
arvoredos
lezírias
verdes campinas
regatos rumorejantes
sei segredos mais intensos
densos medos
de valquírias
ou de donzelas-meninas
em qualquer dos meus quadrantes
e parto para cada luta
com as mãos vazias
que os dias
escondem uma da outra
pois quando de um hino eu rio
seja de fome ou de frio
sequer agitar de lenços
nalgum cais de amargo embarque
eu sinto o berço na carne
buscando o braço que irmane
céu e terra num olhar
que de onde estou
eu abarque
- poema de Jorge Castro
bosques densos
arvoredos
lezírias
verdes campinas
regatos rumorejantes
sei segredos mais intensos
densos medos
de valquírias
ou de donzelas-meninas
em qualquer dos meus quadrantes
e parto para cada luta
com as mãos vazias
que os dias
escondem uma da outra
pois quando de um hino eu rio
seja de fome ou de frio
sequer agitar de lenços
nalgum cais de amargo embarque
eu sinto o berço na carne
buscando o braço que irmane
céu e terra num olhar
que de onde estou
eu abarque
- poema de Jorge Castro
2 comments:
escrito
tocas-me neste inverno que se esvai
no próximo ano estarás sentado no café
em transe epiléptico
e saberei que os sonhos são imateriais
que os relógios não retrocedem
e que desenhar no vapor agarrado às janelas
não chega para construir cidades
mfs
Viva, Magnohlia
Por vezes, andamos distraídos, e passamos ao lado da música das palavras, envoltos em névoa de poeira dos dias apressados, perdidos nos engarrafamentos de trânsito.
As Noites com Poemas, gostariam de contar consigo. Apareça um destes dias. Até lá ficaremos, como Alfred H. nos deixou: em verdadeiro suspense...
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