Maria e Emanuel, dois adolescentes, curiosos e aventureiros, pela mão da avó Ana, viajam no tempo – por meios absolutamente plausíveis, digo eu –, em terras de Ofiúsa. Assim se denominaria o que coincide com o actual espaço geográfico de Portugal… mas numa viagem que percorre dezenas de milhares de anos da nossa História!
Conforme se respiga do livro A Senhora de Ofiúsa, da autoria de Gabriela Morais e edição da Apenas Livros, mergulham eles «numa excitante aventura passada na Pré-História portuguesa, recheada de maravilhoso, fantástico e… real.
Esta área da História, cuja imaginação tem tido dificuldade em dar rosto, torna-se próxima, compreensível e quotidiana.
Partindo de actualíssimos achados arqueológicos, a autora dá vida aos nossos antepassados mais longínquos, fazendo-nos conviver com os seus objectos, conquistas culturais, possíveis costumes e rituais, em cenários reais de sítios arqueológicos, como Lapedo, Escoural, Almendres e Águas Frias. Através desses nossos “avôs e avós”, leva-nos à compreensão das características individuais e colectivas que formam a nossa identidade milenar».
Quantas vezes damos por nós, observando um pôr do Sol e perante a magnitude da Natureza, sentindo um estremecimento que parece chegar-nos de longe, desse intemporal que nos está entranhado, que nos torna tão especiais enquanto povo e, ao mesmo tempo, tão próximos da Humanidade toda e tão identificados com ela? De onde nos chega, então, essa ancestralidade, feita de sapiência primordial? E o determinismo e a adaptabilidade? De onde nos chega a palavra saudade? E os provérbios, em que somos tão pródigos? E porque é tão fácil descobrir, em cada português, um poeta?
Gabriela Morais e Fernanda Frazão, historiadoras, abraçaram a causa que investigam e trazem-nos respostas, claras, frontais, provocadoras, sustentadas na Teoria da Continuidade Paleolítica, corrente que invade os corredores das academias, com a certeza relativa que caracteriza a ciência mas cada dia com maior pujança, alicerçada nas mais recentes descobertas científicas, contrariando os valores instituídos dominantes, forjando uma nova lógica, que surpreende, estimula, exalta e encanta.
Mais não direi, que a conversa vai longa. Venham, então, ouvi-las. Eu direi apenas que aqueles saberes se encontram consubstanciados nesse livro encantatório que é A Senhora de Ofiúsa, o qual será o centro da conversa da nossa próxima sessão das Noites com Poemas. Para mim, seguramente, uma das mais estimulantes obras literárias, escritas em Português, que li em muitos e muitos anos.
Um convite a todos os que se interessam pela «alma portuguesa», com especial destaque para aqueles que vibram com o estudo da nossa História. Na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana (Bairro de Massapés, em Tires), no próximo dia 17 de Dezembro (quinta-feira), pelas 21h30.
Digo-vos ainda, com o despudor que dar a cara por uma causa justa sustenta: uma excelente sugestão para o Natal.
Lá vos espero. E tragam um amigo, também, que a sala é airosa e tem espaço.
Conforme se respiga do livro A Senhora de Ofiúsa, da autoria de Gabriela Morais e edição da Apenas Livros, mergulham eles «numa excitante aventura passada na Pré-História portuguesa, recheada de maravilhoso, fantástico e… real.
Esta área da História, cuja imaginação tem tido dificuldade em dar rosto, torna-se próxima, compreensível e quotidiana.
Partindo de actualíssimos achados arqueológicos, a autora dá vida aos nossos antepassados mais longínquos, fazendo-nos conviver com os seus objectos, conquistas culturais, possíveis costumes e rituais, em cenários reais de sítios arqueológicos, como Lapedo, Escoural, Almendres e Águas Frias. Através desses nossos “avôs e avós”, leva-nos à compreensão das características individuais e colectivas que formam a nossa identidade milenar».
Quantas vezes damos por nós, observando um pôr do Sol e perante a magnitude da Natureza, sentindo um estremecimento que parece chegar-nos de longe, desse intemporal que nos está entranhado, que nos torna tão especiais enquanto povo e, ao mesmo tempo, tão próximos da Humanidade toda e tão identificados com ela? De onde nos chega, então, essa ancestralidade, feita de sapiência primordial? E o determinismo e a adaptabilidade? De onde nos chega a palavra saudade? E os provérbios, em que somos tão pródigos? E porque é tão fácil descobrir, em cada português, um poeta?
Gabriela Morais e Fernanda Frazão, historiadoras, abraçaram a causa que investigam e trazem-nos respostas, claras, frontais, provocadoras, sustentadas na Teoria da Continuidade Paleolítica, corrente que invade os corredores das academias, com a certeza relativa que caracteriza a ciência mas cada dia com maior pujança, alicerçada nas mais recentes descobertas científicas, contrariando os valores instituídos dominantes, forjando uma nova lógica, que surpreende, estimula, exalta e encanta.
Mais não direi, que a conversa vai longa. Venham, então, ouvi-las. Eu direi apenas que aqueles saberes se encontram consubstanciados nesse livro encantatório que é A Senhora de Ofiúsa, o qual será o centro da conversa da nossa próxima sessão das Noites com Poemas. Para mim, seguramente, uma das mais estimulantes obras literárias, escritas em Português, que li em muitos e muitos anos.
Um convite a todos os que se interessam pela «alma portuguesa», com especial destaque para aqueles que vibram com o estudo da nossa História. Na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana (Bairro de Massapés, em Tires), no próximo dia 17 de Dezembro (quinta-feira), pelas 21h30.
Digo-vos ainda, com o despudor que dar a cara por uma causa justa sustenta: uma excelente sugestão para o Natal.
Lá vos espero. E tragam um amigo, também, que a sala é airosa e tem espaço.
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