ARS INTEGRATA é um projecto aberto assente na criação e fruição artística multidisciplinar, aberto a criadores, investigadores e ao público em geral interessado nas suas diversas áreas, livre de preconceitos de género ou estilísticos. Contamos com a vossa colaboração neste forum. -Para mais informação ver abaixo ou escreva-nos para E-mail: arsintegrata@gmail.com

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David Zink - Fictitious Sports (c. 2004)

Tuesday, June 26, 2007

ARS MUSICA (7) Musicando alternativas...


Escolhas difíceis em Lisboa e arredores

Concertos a pagar
, mas a não perder (caso a bolsa o permita):

- Hoje, dia 26 de Junho, pelas 21h30m, na Culturgest (Lisboa, junto ao Campo Pequeno) - MÁRIO LAGINHA TRIO, ou discriminando Mário Laginha (piano), Alexandre Frazão (bateria) e Bernardo Moreira (bateria), apresentam o seu novo albúm "Espaços". Estão todos apresentados por cá, mas nunca nos cansamos de rever músicos portugueses desta craveira. (ver pormenores em http://arsmusica2u.blogspot.com/ )
Preço: 15 Euros (Jovens até aos 30 anos: 5 Euros)

- Dias 5 e 6 de Julho, pelas 21h, no Teatro de S. Luís (Lisboa) - O alaúdista libanês RABIH ABOU-KHALIL com os seus músicos Jarrod Cagwin, Michel Godard, Luciano Biondini, a que se juntam os portugueses Ricardo Ribeiro e Tânia Oleiro. Músico virtuoso e compositor de grande sensibilidade que normalmente interliga dois territórios aparentemente distanciados mas tão próximos como a música árabe tradicional e o jazz, e que desta vez convoca também o fado.
(mais informação em http://arsmusica2u.blogspot.com/ )


Concertos com entrada livre
:

- De 28 a 30 de Junho, pelas 22h, junto à Torre de Belém (Lisboa) - ÁFRICA FESTIVAL 2007. Com alguns dos maiores expoentes musicais do continente africano

5.ª feira, 28 – MAYRA ANDRADE (Cabo Verde) / MUSICIANS OF THE NILE (Egipto)
6.ª feira, 29 – PAULO FLORES (Angola) / BASSEKOU KOUYATÉ & NGONI BA (Mali)
Sábado, 30 – SALLY NYOLO (Camarões) / BAABA MAAL (Senegal)

- 6.ª feira, dia 29 de Junho, pelas 22h, na Fábrica da Pólvora (Barcarena) - NAKAIRA (Sicília) - Concerto no âmbito do Festival Sete Luas, Sete Sóis

- 4.ª feira, 4 de Julho, pelas 21h30, no Palácio Foz (Lisboa, na Praça dos Restauradores) - Concerto com a OSJ - Orquestra Sinfónica Juvenil, dirigida pelo maestro Christopher Bochmann

Monday, June 25, 2007

ARS PICTORICA (2)


Duas exposições em foco



1. A mais falada: Colecção Berardo no CCB


O polémico (a polémica tornou-se um quase indispensável instrumento de marketing, e só por si contribui decisivamente para publicitar gratuitamente o produto) Museu /Colecção Berardo abre hoje, 2.ª feira, 25 de Junho de 2007, as suas portas ao público.


É arte meus senhores, é entrar é entrar senhorias

a arte nobilita

a arte faz curvar ministros (curvatura do círculo?)

a arte lava mais branco

(se não acreditam, leiam a "lei do combate ao branqueamento de capitais", e consultem as sentenças dos tribunais ; não consta que alguém tenha sido condenado por tráfico de obras de arte)

com ou sem o beneplácito dos poderes públicos, a colecção Champalimaud pode ser livremente leiloada pela Christie's em Londres... mas quem berardear piamente terá direito a 3 meses de indulgências

atenção "colunáveis" podeis ser ignorantes mas "não podeis ignorar" (Padre Fanhais dixit), ninguém que se preze poderá deixar de ir lá

será arte será gente? "Gente não é certamente" (Augusto Gil dixit)...

A feira das vaidades será o preço a pagar... mas os verdadeiros amantes de arte também irão inevitavelmente chocar com as intermináveis filas (os mais avisados poderão sempre optar por ir apreciar a arte noutras paragens menos concorridas).

Estar in ou estar out eis a questão (Shakespeare teria pensado neste dilema dos nossos dias?).


Hoje à noite haverá fogo de artifício (será que alguém se lembrou da música para os Royal Fireworks de Händel, ou até da mais modesta composição - republicanos Fireworks apenas, sem o Royal - de Igor Stravinsky, mas em qualquer dos casos celebrativa da suprema arte do fogo/luz que no século das luzes - ou, melhor, o das luminárias - chegou a estar vedada aos simples mortais, que não ao absoluto soberano).


Dando voz à "concorrência" institucional:


«Pedro Lapa, director do Museu Nacional de Arte Contemporânea, considera que em Portugal não há nenhuma colecção como a do comendador madeirense no que toca ao período entre 1920 e 1970. No entanto, a colecção, que ocupará o antigo centro de exposições do Centro Cultural de Belém (CCB), "não tem - assinalou - núcleos aprofundadados". "Tem uma boa obra de cada artista, mas não chega a ter uma identidade própria continuada", referiu Pedro Lapa (...) manifestou-se ainda "apreensivo" pelo facto de o Estado destinar por ano meio milhão de euros para a compra de obras de arte para uma colecção privada, numa altura em que o Museu do Chiado, que integra o Instituto de Museus e Conservação, não tem verbas para a aquisição de arte. Quanto à escolha do CCB, o responsável opinou que "a opção assumida não é a mais adequada", já que devia "construir um museu internacional de arte contemporânea, com um programa coerente e bem estruturado". "Para serem de referência internacional, deviam fazer-se colecções contemporâneas para o futuro, senão serão sempre de segundo plano", vaticinou.» (in http://www.rtp.pt/index.php?article=287721&visual=16 )


Dizer que para esta exposição se esperam mais de 400 mil visitantes/ano (compreendendo turistas e aqueles que não deixarão de lá ir mais do que uma vez), pode parecer muito mas significa que esta vai passar ao lado da maioria dos portugueses (estimados em cerca de 12 milhões de residentes em Portugal), resta saber se terá ou não impacto significativo no turismo e na promoção internacional do país.

Relativamente ao seu conteúdo contamos podermos pronunciar-nos (nós e/ou outros amigos que o queiram fazer) logo que possível (temos horror a filas intermináveis, por isso não é certo que seja para breve, mas...)



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A mais urgente: ALTERNATIVA ZERO na Fundação Arpad-Szenes/Vieira da Silva


A Alternativa foi uma bem sucedida forma promocional que se pretendeu "provocatória" de afirmação pública de um conjunto de artistas novos e outros menos novos (sob a batuta do "maestro" Ernesto de Sousa, v. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_de_Sousa) que nos idos anos 70 do século passado, mais concretamente no épico período revolucionário pós-25 de Abril se juntaram em jeito de manifesto para alcançar a notoriedade e, por arrastamento, a imortalidade.

O Zero é o Nada que é Tudo, e por isso as tendências foram as mais variadas e porventura até contraditórias (figurativo versus abstracto, profusionismo versus minimalismo, mas todos em clara afirmação de ruptura com a arte oficial da recém-derrubada ditadura, incluindo os decanos contemporâneos dessa construção híbrida (por vezes labiríntica) que junta, como sucedera já no período barroco, forma plástica e arte poética de vanguarda, dita poesia visual experimental, como Ana Hatherly e Melo e Castro). Estes e outros irão lá estar, e também o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (cujo fundador Jorge Peixinho, também ele presente na Alternativa Zero, já habita o panteão dos deuses). Apressem-se, pois, aqueles que quiserem ver alguns dos hercúleos semideuses que ainda permanecem entre nós e estão, ainda, dispostos a aturarem-nos.

Os iconoclastas de então (est)(s)ão hoje artistas quase todos institucion(ais)(lizados), mas não deixa de ser curioso que o comissário da presente evocação seja um professor da... Universidade Católica!!! Parabéns, então, a Paulo do Vale e à Universidade Católica! Assim como a Isabel Alves, viúva de José Ernesto de Sousa (1921-1988), arquitrave-mestra de inúmeras inicativas e incansável defensora do património artístico contemporâneo (onde tantos com maiores obrigações falham), que preservou e disponibilizou "a sua memória, fotografias e filmes inéditos sobre a própria exposição e o seu organizador".

Fundação Árpád Szenes/Vieira da Silva
Praça das Amoreiras, 56/58 - 1250-020 Lisboa
tel: 21 388 00 44 /53
e-mail: fasvs@fasvs.pt
website: http://www.fasvs.pt/
Horário (geral): seg-sáb: 11h00-19h00 ; dom: 10h00-18h00


Haverá alternativa para a ZERO?

Programa
:

5.ª feira, 28 Junho – A ARTE EM FESTA
18h – Inauguração
19h – Que alternativa? a importância da AZ / Delfim Sardo e artistas que participaram na Alternativa Zero

6.ª feira, 29 Junho – A PRÓ-VOCAÇÃO DO ZERO
18h – Panorama 77 / Emília Tavares
Alternativa Zero – Que zero? / Ernesto Melo e Castro
Dos anos 70 aos 80: continuidades e rupturas / Luís Serpa

Sábado, 30 de Junho – ERNESTO DE SOUSA: O DETONADOR
16h30m – O Operador Estético / Margarida Medeiros (artista), Ricardo Nicolau (crítico), Nuno Faria (curador)
Intervalo
18h30m – Ernesto, o ornintorrinco honesto.
Mantras e polípticos - uma pedagogia? / Pedro Proença
Bolsa Ernesto de Sousa: 15 anos / Luís Silva e Emanuel Dimas Pimenta
Intervalo
20h30 – Performance Jardim das Amoreiras / Adriana Sá e André Gonçalves (ex-bolseiros Bolsa ES)

Alternativa - 0
Haverá - 1

Qual?

Abaixo à fome cultural, venha a fartura!!!

Friday, June 22, 2007

ARS THEATRALIS (3)


De Margarida Silva para o Ars Integrata:

Dia 22 de Junho 2007 às 21h00 – no Instituto Franco-Português (Av. Luís Bívar, 91 – Lisboa ; metro: Saldanha)

Les règles du savoir vivre dans la société moderne / de Jean-Luc Lagarce

Com Mireille Herbstmeyer ; Encenação de François Berreur
(espectáculo em língua francesa legendado em português)


«No ano em que se assinala o cinquentenário do dramaturgo e encenador francês Jean-Luc Lagarce (1957-1995), o Instituto Franco- Português e os Artistas Unidos juntam-se a essas comemorações com encontros, exposição de fotografias e teatro.
No dia 22 de Junho dá-se início à mini-temporada dos Artistas Unidos no IFP com a inauguração às 18h00 da exposição de fotografias de Jorge Gonçalves e, com o apoio da Culturesfrance, a apresentação de um espectáculo único com encenação de François Berreur e interpretação de Mireille Herbstmeyer. Trata-se de Les règles du savoir vivre dans la société moderne um belíssimo texto de Jean-Luc Lagarce, o primeiro a ser editado por Les Solitaires Intempestifs, companhia dirigida por François Berreur - que foi assistente de Jean-Luc Lagarce – com um trabalho importante na edição de textos teatrais contemporâneos.
Um one-woman-show magistral e hilariante que pontua um texto que, com uma “fina crueza, uma profunda lucidez e uma enorme graça”, nos fala das regras, dos ritos sociais, dos códigos e das etiquetas que o homem foi criando ou estabelecendo para ultrapassar as “coisas da vida”.
“Uma conferencista explica a vida, as coisas, as coisas da vida. E, ao tentar regular a nossa existência, acaba por fechá-la em códigos que, hoje em dia, nos fazem sorrir, mesmo quando podemos ainda reconhecê-los ou até neles encontrar conselhos preciosos. Mas o corpo tem razões que a razão desconhece e não se satisfaz com os códigos. Há a solução de fuga no imaginário e de sonhar em acordo perfeito com os princípios, mas, uma vez despertos dos sonhos, temos de defrontar o real, deixar passar a natureza interior, esse animal incontrolável que só deixa falar o coração. Nem sempre conseguimos ser como deve ser, nem sempre nos conseguimos comportar bem, teremos sempre medo.” François Berreur

Actriz de teatro e cinema, desde 1980, Mireille Herbstmeyer foi co-fundadora com Jean-Luc Lagarce da companhia profissional «Théâtre de la Roulotte».

François Berreur encontrou Mireille Herbstmeyer e Jean-Luc Lagarce durante um estágio de práticas teatrais. Aproximou-se então da Companhia que Herbstmeyer e Lagarce tinham criado, o Théâtre de la Roulotte” e abraçou com eles o sonho de a profissionalizar. Com o passar dos anos F. Berreur tornou-se o mais próximo colaborador artístico de Lagarce. Em 1981 fundou com ele as edições lLes Solitaires Intempestifs que hoje dirige. François Berreur é também o reponsável pelo sítio theatre-contemporain.net (dedicado a todos os autores franceses e estrangeiros) com um número de visitantes semelhante ao do Beaubourg.

Jean-Luc Lagarce nasceu a 14 de Fevereiro de 1957. Autor, encenador e co-fundador do Théâtre de la Roulotte com Mireille Herbstmeyer e François Berreur, e posteriormente das edições Les Solitaires Intempestifs, morreu a 30 de Setembro de 1995 durante os ensaios de Lulu no Athénée Théâtre. »

Preço dos bilhetes: 10€ e 5€ (estudantes e maiores de 65 anos)
À venda no IFP no próprio dia a partir das 17h00
Reservas: 96 196 02 81

Thursday, June 21, 2007

ARS THEATRALIS (2) & ARS POETICA (5) : Auto das Danações

Nos próximos dias 23 e 24 de Junho, promovido pelo blog A Funda São, terá lugar, em Caria e arredores, o VII Encontra-A-Funda, saudável desvario iconoclasta, do qual muito me apraz participar.

A sua mentora, a inefável São Rosas, lançou-me, há uns meses atrás, um desafio que consistia em produzir um Auto, à moda de Gil Vicente, mas com a envolvência de personagens da "pós-modernidade".

Daí nasceu o "Auto das Danações", a minha obra mais recente, uma vez mais contando com a alegre e interessada edição da Apenas Livros, Lda., que acedeu, até, ao despautério de alinhar numa edição especial para os participantes naquele Encontro. A tanto chegou o espírito de colaboração...


Esta obra, que conta com o apoio, para o lançamento, do próprio Gil Vicente - o que não menos me apraz - irá ser conduzida em braços até à cena, na Quinta do Panasco (!?...), lá por Caria, pela reputada e inconcebível Tuna Meliches, da qual estou em condições de poder assegurar que sempre se pode esperar o pior.

Não posso deixar de aconselhar, pelo menos, uma vista de olhos pela programação do evento, através do link acima, garantindo que esta vida são dois dias (ou três, no máximo...), que convém aproveitar.

Permitam-me, então, que vos anuncie o prefácio da obra:

"Versalhada em um acto, que o tempo não está para desperdícios que não atem nem desatem.


Tendo Gil Vicente como fonte cristalina, fresca e exemplar nessa arte de bem zurzir quem o mereça, apreciando de viés o que o mundo nos mostra e tentando entrever o que ele nos esconde, assim foi concebido este Auto.

Será Auto de notícia que, se a vossa benevolência o permitir, ficará para o porvir como retrato a preto e branco, não revelado, isto é, em negativo, deste nosso tempo.

Não é todo o mundo – ou até tão só todo este nosso aprazível recanto - feito destas graças e desgraças. Mas muito dele é assim feito, por defeito, por acaso ou por conveniências. De qualquer modo, os retratos foram tirados a personagens da nossa praça, envoltos num caldo de cultura que, também esse, tem tonalidades muito nossas e entranhadas.

Há, como se presume, na massa do ilustre sangue lusitano, alguma valentia sorna, contraposta aos brandos costumes – que tanta vez escondem a hipócrita ou cínica violência - que nos moldam e por quem nos deixamos moldar e que, misturados no cadinho da vida, motivam esta tão peculiar forma de estar, sem paralelo mundial – pelo menos, tanto quanto diviso daqui da minha rua…

- Jorge Castro
Abril de 2007"

Nota - Se algum contacto for necessário, por favor, utilizem o email jc.orca@gmail.com

ARS COQUINARIA (5) : Lombo com menta


Da nossa amiga Kitó, recebemos uma suculenta receita:



LOMBO COM MENTA (para 6 pessoas)



Ingredientes:
1 peça carne de porco para assar (com ou sem osso)
8 dentes de alho
1 ramo hortelã pimenta (médio-grande)
8 maças reinetas

Preparação:
Triturar os dentes de alho com as folhas de menta (na picadora ou almofariz). Temperar de véspera a carne com esta mistura e juntar sal grosso a gosto.
Antes de ir ao lume deixar a carne fora do refrigerador pelo menos durante meia hora.
Regar com azeite e ir ao forno; a meio da cozedura juntar as maçãs reineta descascadas em cubos grandes.
O momento de introdução das maçãs no formo depende do pretendido: maçã ainda rijinha ou desfeita; em puré é francamente superior pois o ácido da maçã combina mais profundamente com a menta.

Bom apetite!

ARS MUSICA (6) : Concerto de Solstício


OS VIOLINHOS



Os Violinhos durante a sua digressão em Itália ( 2004)



A orquestra de cordas Os Violinhos (direcção musícal de Filipa Poejo) que, além das suas inúmeras prestações em Portugal, tem vindo a realizar tournées regulares no estrangeiro (Estados Unidos da América e diversos países europeus), volta a actuar em destacados palcos lusitanos, deslumbrando o público com o brilho jovial das suas interpretações, a provar que o elevado nível musical não é incompatível com a baixa faixa etária dos seus elementos.

- Hoje, 5.ª feira, dia 21 de Junho, pelas 21h na Sociedade de Geografia (R. das Portas de Santo Antão, n.º 100, em Lisboa, ao lado do Coliseu) - Concerto de Solstício de Verão (inclui palestra sobre o tema). Entrada livre

- Sábado, dia 23 de Junho, pelas 19h, no auditório ao ar livre da Culturgest (Edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (R. Arco do Cego, junto ao Campo Pequeno, em Lisboa). Entrada livre

Programa (idêntico em ambos os concertos):
Polish Dance / E. Severn (1840-1918)
Dança Húngara Nº1 em Sol menor / J. Brahms (1833-1897)
Sonata em Ré menor : Giga / F. Veracini (1690-1750)
Salut d’Amour / E. Elgar (1857-1934)Allegro / J.H. Fiocco (1703-1741)
Concerto em Ré Menor para 2 violinos e orquestra, BWV 1043 : Vivace / J. S. Bach (1685-1750)
Concerto em Lá Menor para 2 violinos e orquestra, Op.3 nº8 : Allegro / A. Vivaldi (1678-1741)
Sonata nº3 in F Major : Allegro / G. F. Haendel (1685-1759)
Gavotte / J. B. Lully (1632-1687)
Música no Coração / R. Rodgers (1902-1979)
Over the Rainbow / H. Arlen (1905-1986)
Czardas / V. Monti (1868-1922) - solista: João Andrade

Monday, June 18, 2007

ARS POETICA (4) - Torgando...


«Noite com Poemas»: Torga, pois is pelas montanhas....


4.ª feira, dia 20, pelas 22 horas, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, Jorge Castro ('Ars Integrata) irá oferecer-nos mais uma «Noite com Poemas», desta vez dedicada à poesia de Miguel Torga, poeta dual, do amor e da angústia interior ferozmente individual (e não o serão todos os poetas?), mas também da revolta social e do hino à liberdade. Ah! Ainda haverá por aí alguém que saiba que por vezes também se assumia como o médico Adolfo Correia da Rocha (1907-1905), mas não digam nada, porque ele não queria que se soubesse...

De "Apelo":
(...)


Porque não vens agora, que te quero
E adias esta urgencia?
Prometes-me o futuro e eu desespero
O futuro é o disfarce da impotência....
Hoje, aqui, já, neste momento,
Ou nunca mais.
A sombra do alento é o desalento
O desejo o imite dos mortais.

Friday, June 15, 2007

ARS COQUINARIA (4)


Sobremesa secreta

De um novo amigo do Ars Integrata, José Alexandre E., recebemos uma receita exclusiva para os nossos leitores. Transcrevendo:

«Gostaria de enviar a todos os nosos amigos uma sobremesa secreta que aprendi há já algum tempo. Depois de ter pensado e repensado e chegado o momento de a revelar, sei que esta vai alterar a vida de muitas pessoas a vários níveis se bem utilizada.

Porquê ?

1º Porque é económica
2º Porque é ultra rápida ( eu sei.., eu disse ultra rápida - 10 a 15 m para os menos exprerientes)
3º Porque é muito fácil de executar
4º Porque vão chorar por mais
5º Porque sobretudo até o meu irmão a comeu e chorou por mais.... e chorou...chorou...chor...
6º É um sucesso garantido em todos os sítios onde passei.

Estas são as 6 das 7 razões para o seu segredo. A última e principal razão desta receita ser um segredo é devido ao facto de eu não conseguir explicar o inexplicável, que só pode ser obtido através de uma reacção de quem atrever-se a executá-la .
É por isso que fico a aguardar por um feedback pela 7ª razão, de quem tiver a coragem de a por em prática.

P.S. Estou neste momento no final de uma pesquisa de uma outra receita que vem de um continente com frutas tropicais. Espero ter notícias em breve.


Ingredientes:

- 4 unid. - Folhas de gelatina (se forem folhas finas finas coloque o dobro)
- 1 Lt - Leite condensado
- 1 pct - Bolacha maria triturada
- 2 pct - Natas p/ bater

Preparação:
Colocar em banho-maria o leite condensado (tacho com água e outro mais pequeno colocado no seu interior com o leite consensado). Importante: deve ir mexendo sempre o leite condensado para que não queime.
Colocar a gelatina de molho (qualquer coisa onde ela possa ficar submersa em água).
Triturar a bolacha maria (pode ser num robot ou então à mão desde que fique moída) e colocá-la num fundo de uma forma com altura razoável para que caiba lá o creme.
Bater as natas até elas ficarem consistentes. (se fosse bater claras eu diria até ficarem em castelo).
Ao fim de 10 m a 15 m colocar a gelatina espremida e voltar a mexer até ela desaparecer.
Retirar do lume e deixar arrefecer o mais possível (para ser mais rápido o arrefecimento pode colocar o tacho do leite condensado dentro de um recipiente com gelo).
Depois de arrefecido envolver as natas (envolver = mexer muito lentamente) para que não perca a sua consistência no leite condensado.
Colocar o creme na forma e em seguida no frigorífico até que ela fique presa.
Espere o momento certo, desenforme para uma travessa e obtenha os resultados desejados.

Convém que não a experimente sozinho.»

Thursday, June 14, 2007

ARS PICTORICA (1)

BandPor (2001) / Pedro Zink


50 ANOS DE ARTE PORTUGUESA na F.C.G.

No âmbito das comemorações do seu 50.º aniversário, a Fundação Calouste Gulbenkian achou e bem (aplausos!) realizar uma exposição retrospectiva da arte portuguesa que tem vindo a beneficiar do seu apoio, o que, obviamente, não é o mesmo que falar de "50 anos de arte portuguesa" título-chavão mas que não é certamente chave da arte portuguesa das 5 últimas décadas, a não ser de uma porta mais pequena daquela que pretende anunciar, já que apenas se trata efectivamente de uma "selecção de centena e meia de obras da colecção do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão escolhidas em articulação com a documentação existente sobre os artistas apoiados, em subsídios e bolsas, pela Fundação desde 1957 até à actualidade" (cf. http://www.gulbenkian.org/exposicoes.asp ).


Com efeito, faltam alguns nomes essenciais (conhecidos do grande público ou não), porquanto o(a)s "olheiros" (expressão que pedimos emprestada à gíria futebolista) da Fundação Gulbenkian, por vezes, anda(ra)m distraído(a)s, mas mesmo assim vale a pena dar lá uma saltada para revisitar os consagrados e espreitar outros que não tanto (o que não se traduz em juízo de valor) .

Transcrevendo:

«"50 ANOS DE ARTE PORTUGUESA. Exposições. De 06/06/2007 a 09/09/2007 . Terça, quarta e domingo: 10h00 - 18h00 quinta, sexta e sábado: 10h00 às 22h00. Salas de exposições temporárias no piso 0 e 01 da Sede.
Esta exposição de arte portuguesa, que integra o programa das Comemorações do Cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian, é uma iniciativa conjunta do Serviço de Belas-Artes e do Centro de Arte Moderna, com curadoria de Raquel Henriques da Silva, em colaboração com as curadoras-adjuntas Ana Filipa Candeias e Ana Ruivo.
A exposição apresenta uma selecção de centena e meia de obras da colecção do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão escolhidas em articulação com a documentação existente sobre os artistas apoiados, em subsídios e bolsas, pela Fundação desde 1957 até à actualidade. Este cruzamento, colecção e arquivo, permite que as obras de arte possuam um lastro significante, vindo da voz dos seus próprios criadores, através dos seus relatórios de trabalho.
Deste modo, 50 anos de arte portuguesa pretende ser uma peculiar celebração: a de um intenso convívio entre uma instituição e largas dezenas de artistas – conjunto vasto de autores com elevado reconhecimento na História de Arte Portuguesa – que envolve apreço, mútua dádiva, estabelecimento de novas prioridades e algumas provocações.
Visitas para grupos organizados mediante marcação prévia – tel. 217823620 (marcações 2ª a 6ª das 15:00 às 17:00) Idiomas: português, inglês, francês e alemão»

cf. http://www.gulbenkian.pt/agenda_detalhe.asp?ID=1060&calendario=yes&day=14&month=06&year=2007


Ars Integrata irá lá estar no domingo, dia 17, pelas 11h (a visita começa às 12h, mas não queremos arriscar uma "lotação esgotada"), para assistir à visita guiada por Ana Gonçalves, que apenas conhecemos como jovem pintora muito promissora (mas sobre a qual ouvimos dizer que é uma perfeccionista em tudo quanto se empenha). No final seguiremos para um restaurante das proximidades (no topo do Parque Eduardo VII, vista para o lago), onde faremos um balanço do que "vimos, ouvimos e lemos / não podemos ignorar..." (Padre Francisco Fanhais dixit)

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n.b.: qualquer semelhança entre a obra de Pedro Zink, então com 8 anos, acima reproduzida (print. 2001) e o cartaz da F.C.G. para assinalar a exposição será pura coincidência, mas gostaríamos de saber... qual preferem?
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p.s.
: pouco antes do 25 de Abril de 1974, João Zink (o "Jimi", lembram-se?) teve a polícia no seu encalço (valeu-lhe na ocasião o amigo/líder da claque de apoio, "TóPê" e o seu grupo de motards, o que não impediria a sua posterior prisão pela PIDE), por se ter permitido tocar em concerto público uma variação do hino nacional com pedal de wah-wah (alla Hendrix), hoje é uma poderosa instituição que promove uma variação em torno desse outro símbolo nacional: a bandeira. Será esta a prova definitiva de que vivemos em democracia?

Tuesday, June 12, 2007

ARS MUSICA (5)

No âmbito das Festas do Concelho de Oeiras, Ars Integrata recomenda dois concertos com entrada livre:

CORVOS

- Dia 12 (hoje, 3.ª feira), às 22h, no Palco do Jardim Municipal de Oeiras (entrada sob a ponte, junto à estação de comboios), actuam Os Corvos (rock com violinos eléctricos)
Os Corvos são uma banda original de músicos portugueses com excelente produção exportável (à att. do Sr. Ministro da Economia e da Inovação), que partindo de uma base primária mas estruturante do hard rock (muito sob o signo da música dos Doors) e do rock "gótico" (dos Black Sabbath e derivados, incluindo o vestuário de culto), combinam elementos da música clássica, da tradição popular portuguesa e das música céltica (celtiberos?) e zíngara (de acento húngaro), com um cheirinho a Jimi Hendrix. Diabolus in musica?

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BERNARDO SASSETTI & MÁRIO LAGINHA

- Dia 16 (6.ª feira), às 22h, na Casa da Pesca (anexo aos Jardins do Marquês de Pombal, junto à Estação Agronómica, perto da Estação e do Centro de Saúde) - Bernardo Sassetti & Mário Laginha, a 2 pianos.
Bernardo Sassetti e Mário Laginha são seguramente dois dos melhores pianistas de jazz em Portugal. O último, também internacionalmente conhecido pela sua parceria com a cantora Maria João, é inclusive na nossa opinião um dos melhores compositores deste país (aconselhamos os descrentes a ouvir, entre outras, a sua obra sinfónica Lobos, raposas e coiotes). O primeiro, mais jovem, tem por enquanto composto num âmbito mais modesto, ainda que muito interessante e que já deixa revelar um enorme potencial.
São ambos bastante experientes e criativos, qualquer deles com vasta discografia e inclusivé tendo já gravado juntos dois excelentes CD's ("Mario Laginha/Bernardo Sassetti" e "Grândolas"), pelo que se espera uma grande noite de frutuoso diálogo musical num cenário lindissimo como é o da pombalina Casa da Pesca. Espera-se grande afluência, pelo que convirá chegar cedo.

Friday, June 8, 2007

ARS LITTERATUR (3)


De Rui Zink, um "novissimo" livro a juntar ao seu último romance "A Espera" (ver Ars literatur, nr. 2) . Intitulado significativamente "Luto pela felicidade dos portugueses", e feito de uma recolha de crónicas e pequenos contos publicados na imprensa periódica (prinicipalmente na Revista Saúde), este tem a vantagem de ser uma "oferta" do último número da revista Sábado (ver http://66.102.9.104/search?q=cache:ut-XxOHwc4EJ:www.sabado.xl.pt/+%22S%C3%A1bado%22+rui+Zink&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=1&gl=pt ). Tentem encomendá-lo no vosso jornaleiro habitual ou directamente aos escritórios da revista (sendo uma edição limitada terá certamente no futuro um valor bibliográfico interessante).

ARS COQUINARIA (3)



Para este fim-de-semana algo nublado mas de intensa actividade cultural e pleno de festividades municipais, uma receita simples e rápida criada por David Z. - cujo lema gastronómico quando não se dispõe de muito tempo para uma confecção mais elaborada e nem para degustação mais prolongada, assenta no princípio fast food, sim, mas não plástic food (i.e. comida de "plástico")neste caso inspirada nas restaurações italiana e nórdica, mas com um toque lusitano:


linguine allo iogurt con salmone


Ingredientes:
- 1 embalagem de Linguine* de 500 gramas (para 4 pessoas)
- 1 e meia a 2 embalagens de salmão fumado de 200 gr.
- azeite com acidez máx. 0,7.º (q.b.)
- 2/3 cebolas trituradas (em papa) com a varinha mágica
- Sal marinho (q.b.)
- água (q.b., ca. 4 a 6 canecas médias)
- oregãos (q.b.)
- 2/3 yogurtes naturais (de preferência bifidus)
- vinagre de vinho branco ou de maçã (q.b.)

Confecção
:
1.º - Trituram-se as cebolas com uma picadora eléctrica (ou varinha mágica, etc.) até ficar tudo desfeito numa espécie de papa (creme de cebola).
2.º Deita-se o creme de cebola numa panela, cobre-se com um pouco de azeite, deita-se sal marinho a gosto (mas sem exagerar) , polvilha-se com oregãos e leva-se ao lume, mexendo de vez em quando até "alourar", sem deixar ferver.
3.º - Deita-se a água (em quantidade suficiente para cozer o esparguete - cerca do dobro em volume -, mas não demasiada) , deixa-se ferver e em seguida, após baixar o lume, coloca-se a massa linguini (é uma massa extra fina de cozedura muito rápida - máx. 5 m - mas pode ser substituída por spaguettini nr.3, ou até pelo esparguete tradicional, só que não fica tão bom e leva mais tempo), vertem-se os iogurtes e salpica-se com o vinagre (o equivalente a 1 ou 2 colheres de café), mexendo tudo até ficar homogéneo e tapando a panela de seguida. Deixa-se cozer em lume brando.
4.º Passados os 5 m (7m para o spaguettini e 15 a 20m para o esparguete), retira-se do lume, volta-se a mexer e escorre-se o excesso de água se for o caso.
5.º Num prato (ou em dois pratos) dispõem-se os filetes de salmão fumado, podendo decorar-se com salsa
6.º Serve-se primeiro a pasta (massa), e deixa-se às/aos convidad(a)(o)s a possibilidade de retirarem a gosto os filetes de salmão, os quais se colocam sobre a massa.

* Linguine (v.
http://it.wikipedia.org/wiki/Linguine), mas tb. se pode dizer linguini (cf. http://en.wikipedia.org/wiki/Linguine)

Complemento líquido:
- vinho branco fresco
- em alternativa: chá verde ou água mineral sem gás

fast food, yes, but not plastic food!

Enjoy it...

Monday, June 4, 2007

ARS PHOTOGRAPHICA (3)

Convite


De Francisco Feio (prestigiado esteta e cultor da fotografia como meio de expressão artística, um dos responsáveis pelos cenários no espectáculo que apresentámos na Culturgest em Janeiro deste ano) para os amigos e leitores do Ars Integrata:


CASA D'OS DIAS DA ÁGUA
Precariedade Inauguração Terça, 5 de junho 21 horas

rua dona estefânia, 175

Grato pela vossa presença,
francisco feio

A exposição estará aberta ao público em geral de 6 de Junho até 1 de Julho, das 15 às 21h, encerrando às segundas-feiras

Friday, June 1, 2007

ARS COQUINARIA (2)

Bolo de chocolate (receita italiana)


Pela mão da nossa amiga Teresa W., que generosamente quis partilhar com os leitores do Ars Integrata uma das suas muitas especialidades:

250 gr chocolate em barra (Pantagruel por ex.)
100 gr. manteiga
100 gr. açúcar
4 ovos
1 colher sopa farinha de trigo
1 colher de sopa de fécula de batata

Batem-se as gemas com o açúcar até fazer bolhas. Derrete-se no micro-ondas o chocolate com a manteiga e mistura-se com as gemas que já estão batidas com o açúcar. Bate-se tudo. Misturam-se as farinhas e no fim juntam-se as claras em castelo, bem firmes.
Vai ao forno numa forma baixa, tipo tarteira, untada com manteiga e polvilhada com farinha, e só coze aproximadamente 15 m. Deve ficar com os bordos despegados da forma, mas pouco cozido.
Depois de frio, com a faca cortam-se diagonais para a direita e diagonais para a esquerda de modo a fazerem-se losângulos. Polvilha-se o bolo com Icing Sugar dentro de um passador para ficar bem espalhado. A altura do bolo deverá equivaler a 3 cm.
Ao servir, separam-se os losângulos (não se corta o "bolo às fatias").

Acerca da essencial e discreta diferença / Júlia Lello (poema) & David Zink (música)

Da Ciência e da Arte / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

David Zink - Dolphin Dance

Falas de amor / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

LALO (1823-1892) - Sinfonia Española (1º and.) / Miguel Zink

Lalo - Symphonie Espagnole - 4th mov. / Miguel Zink (violin) & Karina Axenova (piano)

J.S. Bach - Violin Sonata, BWV 1001, I&IV / Miguel Zink, 15y.

David Zink - Jupiter (1st approach, abridged)

Canção de embalar / Jorge Castro (poema) & David Zink (música)

Sphera Mundi / David Zink

Miguel Zink, 15 anos, 1.º Prémio do Concurso A. Capela, no Concerto dos Laureados, 2010.05.30

Mendelssohn's Violin concerto, op. 64, 1st. mov. / by Miguel Zink

This video posted by Ars Integrata was available here during circa one year, but has been removed by the original publisher (C.A.) in December 2012